ARPANET: As Origens da Internet
Hoje em dia a Internet é, inegavelmente, a mais útil e importante ferramenta em nossas vidas, seja pessoal ou profissional. Através dela podemos nos conectar com rapidez e facilidade com o mundo todo, assim como acessar diversas áreas de conhecimento. Mas nada disso teria sido possível se não fosse a criação da ARPANET, o primeiro protótipo da Internet moderna.
Os Pais da ARPANET
Com a finalidade de saber como tudo começou, precisamos retornar à década de 60 na ARPA (Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa). Um pesquisador chamado Bob Taylor convenceu o então diretor da ARPA a financiar um projeto de redes ambicioso à época. Isso foi possível graças as ideias de Joseph Carl Licklide, que anteriormente havia proposto uma rede computacional para compartilhar informações. De fato, Licklide chegou a ser contratado pela ARPA por conta dessas ideias, que nunca deram frutos sob sua liderança.
Além disso, Paul Baran e Donald Davies criavam em conjunto o conceito de comutação de blocos de mensagens adaptáveis distribuída. Esse conceito foi mais tarde usado na ARPANET com o propósito de facilitar o envio de dados entre locais distintos. E por fim temos Elizabeth J. Feinler, que liderou uma equipe desenvolvedora do primeiro Manual de Recursos para a ARPANET. Esse manual levou ao desenvolvimento dos diretórios da rede, possibilitando a navegação pela mesma por seus usuários.
Começa o Desenvolvimento
Recebendo um milhão de dólares da ARPA, Taylor e sua equipe começaram a trabalhar na criação da rede em si em 1966. Posteriormente (1967), um pesquisador chamado Wesley Clark sugeriu o uso de microcomputadores como Processadores de Mensagens de Interface (IMPs). Esses IMPs fariam a interface com a rede, ao passo que os grandes mainframes seriam somente os nós da ARPANET.
Em 1968 o gerente do programa Larry Roberts criou um plano com o propósito de implementar a ARPANET. Depois que aprovado, uma solicitação de cotação foi emitida, mas somente doze empresas enviaram propostas para a construção da rede. Logo depois de avaliadas, a BBN Technologies foi escolhida em 1969 para a construção e implementação do plano de Roberts.
As sementes da Internet
Logo após ser implementada, a ARPANET foi usada até 1990 e serviu como a base da Internet moderna. Os IMPs atuavam de maneira idêntica aos roteadores atuais e a criação do protocolo 1822 levou ao famoso TCP/IP.
Em resumo, o 1822 analisava o tipo de mensagem, endereço numérico de computador e campo de dados para enviar mensagens. Em seguida ele formatava os dados e usava o endereço de destino para saber aonde os dados deveriam ir. E finalmente o IMP de destino enviava uma confirmação de recebimento quando os dados eram recebidos, finalizando a comunicação.
Mas o 1822 era inadequado para lidar com conexões entre diferentes aplicações, levando à criação do Programa de Controle de Rede (NCP). Não só ele resolvia o problema do 1822, mas também padronizava as comunicações entre os diferentes aparelhos. Por fim, os protocolos TCP/IP substituíram o NCP em 1983, que seriam utilizados futuramente na Internet moderna até hoje.
Conclusão
Como resultado desse trabalho todo, o CERN, um dos maiores centros de pesquisa do mundo, criou a Internet em 1989. E conforme essa rede global crescia, o modo de vida da sociedade moderna foi mudando de forma radical com ela.
Mas a Internet e redes foram evoluindo com o passar dos anos, introduzindo conceitos como o Modelo OSI e o Backup na Nuvem. O mercado de tecnologia jamais descansa e conforme a sociedade cresce, novas tecnologias aparecerão para suprir suas necessidades.
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